
Fui ao teatro assistir a peça "Os homens são de Marte e é pra lá que eu vou", com Monica Martelli. Recomendo. A peça é hilária e nos remete a situações muito "familiares" eu diria...
A peça é um monólogo de uma solteira, que aos 35 anos, madura e independente, se vê totalmente carente e escrava pela busca do grande amor de sua vida. E daí, vem todas aquelas histórias, que toda mulher solteira sabe bem como é: solteira sim, sozinha nunca! Muitos casinhos, alguns pretendentes,sexo fácil, mas ainda não chegou "O CARA", aquele por quem temos palpitações, aquele que nos faz sentir frio na barriga em pleno sol de meio dia em Salvador.
A ansiedade em encontrar o tal cara aumenta com o passar do tempo, isso é óbvio. Mas se os valores da sociedade fossem outros, seria tudo mais fácil. Enfim,vamos ao que interessa.
Já no final da peça, ela finalmente encontra "O CARA" numa situação totalmente inusitada, quando ela menos esperava, quando estava num barzinho, desarrumada, com vários amigos gays, falando um monte de merda. Fato, geralmente é assim que acontece, porque quando somos nós mesmas, tudo flui mais naturalmente. O fato é que ela percebe que o lance com o carinha é diferente dos demais, quando constata a diferença nas atitudes dela. Ela já não esperava mais pra ser escolhida e agora estava tendo atitudes de quem escolhe. É isso!
Há um certo tempo, percebi que esse é o grande lance, a partir do momento que você se conhece, sabe o que quer, do que gosta e se respeita, você passa a escolher suas companhias, seus ambientes e assim, sendo você mesma, você vai poder escolher com QUEM você quer estar e não vai ficar naquele desespero, esperando ser escolhida por qualquer um, por um cara que nao tem nada a ver com você, só pra mostrar que não está sozinha. Me identifiquei com várias situações da peça, já passei o dia esperando o telefone tocar, já comi uma caixa de bis me sentindo sozinha, já liguei pra quem não tinha nada a ver e depois me arrependi. Normal.
Hoje, muitas vezes o "antes só do mal acompanhada", pesa mais.
Na última cena da peça, ela fala que o namoro com o cara tá indo bem, mas que o dia seguinte, continuava sendo um segredo, por isso ela tava aproveitando o presente.
Certíssima. É como eu ouvi uma vez... "paixão, casamento, estado civil, assim como mulher, vento e sorte, podem mudar rapidamente", e sendo assim, vamos aproveitar o que temos agora !!! Sozinha ou acompanhada!!!!
Na segunda passada assiti "Ele não esta a fim de você!!!" (ou coisa parecida), e tratava de uma abordagem similar a peça (vai saber quem imitou quem..rs). Mas de fato nos faz celebrar a coisas que acontecem no dia-a-dia e não percebemos. Quase todos os acontecimentos da peça, apareceram no filme e o que marcou foi um cara mulherengo que dava conselhos a uma mulher que procurava o cara certo e passando por todas essas situações, mas o que eles não percebiam é que não se olhavam como HOMEM e MULHER mas sim amigos, e então começaram a ter afinidades e se conhecerem, até perceberem que estava apaixonados.
ResponderExcluirResumo da opera, eles foram eles mesmos, eles se permitiram mesmo que sem querer a se conhecerem e sem rotulos ou mascaras. Foram eles mesmos...
Acredito que vivemos a vida, o relacionamento sempre com 70% na primeira pessoa. Agradamos alguem quando ela sente admiração, respeito e claro desejo.
Por isso sejam vcs mesmos!!!
Pensei em assistir a peça, mas depois desse BLOG não sei se preciso não..rs