
Surdo Mundo. É o nome de um livro. Mas me inspirou a falar da surdez. Mas não a surdez de um deficiente físico, involuntária. Falo da surdez voluntária, aquela que dominamos e escolhemos quando ela irá atacar.
Não quero aqui banalizar, minimizar a deficiência auditiva, porque sei que qualquer deficiência é ruim e devemos respeitar os que convivem com ela, sobretudo os que fazem isso de forma digna. É como bem diz a sabedoria popular: "É melhor ouvir isso do que ser surdo" (quando ouvimos alguém falar uma bobagem muito grande).
Mas no meio de tanta bobagem, de tanta ignorância, de tanta falta de educação, de tanta futilidade, eu estou dando uma de maluca (ou melhor, de surda) e só socializo agora quando quero. Como diria minha mãe, "dou uma de João sem braço".
"O que? Não estou escutando nada..."
"Hein??"
As fofocas no corredor do escritório, as futilidades nos papos de academia, a falta de educação no trânsito, a falta de assunto na fila do banco, as queixas repetidas na hora do jantar, as perguntas incabíveis geradas pela insegurança, a indiscrição da vizinha desocupada, a má índole da ex mal amada.
"O que? Não estou escutando nada direito hoje..."
Simples assim. Tem horas que o mundo em que vivo é um "Surdo Mundo". Nada mais conveniente.
Não quero aqui banalizar, minimizar a deficiência auditiva, porque sei que qualquer deficiência é ruim e devemos respeitar os que convivem com ela, sobretudo os que fazem isso de forma digna. É como bem diz a sabedoria popular: "É melhor ouvir isso do que ser surdo" (quando ouvimos alguém falar uma bobagem muito grande).
Mas no meio de tanta bobagem, de tanta ignorância, de tanta falta de educação, de tanta futilidade, eu estou dando uma de maluca (ou melhor, de surda) e só socializo agora quando quero. Como diria minha mãe, "dou uma de João sem braço".
"O que? Não estou escutando nada..."
"Hein??"
As fofocas no corredor do escritório, as futilidades nos papos de academia, a falta de educação no trânsito, a falta de assunto na fila do banco, as queixas repetidas na hora do jantar, as perguntas incabíveis geradas pela insegurança, a indiscrição da vizinha desocupada, a má índole da ex mal amada.
"O que? Não estou escutando nada direito hoje..."
Simples assim. Tem horas que o mundo em que vivo é um "Surdo Mundo". Nada mais conveniente.